Seca que atingiu os EUA é um dos motivos da alta expressiva.
Cereal é importante ingrediente da ração dos animais.
Para manter a produção de 25 mil ovos ao dia, Luciano Bonfim, criador de Rondonópolis, utiliza cerca de duas toneladas de ração. Quase 60% da composição é milho, por isso, o produtor precisou reajustar os preços em 20%. “Tudo o que acontece de aumento é necessário repassar ao consumidor”, conta.
Este ano, o estado de Mato Grosso bateu recorde na produção de milho: 15,6 milhões de toneladas, mas mesmo com a grande produção, o preço do grão manteve-se em alta.
Nos últimos quatro meses, o reajuste no preço do milho em Mato Grosso foi de aproximadamente 50%. Dois motivos principais foram responsáveis por isso, o crescimento na demanda dos países emergentes e a grande seca que atingiu os Estados Unidos.
A saca de 60 quilos está sendo vendida hoje na região por R$ 24.
O zootecnista Arlindo Vilela é diretor de uma empresa de ração animal, que atende cerca de 500 produtores no estado. Ele conta que por causa do aumento nos preços, as vendas de ração caíram 10%. “A alta foi muito expressiva, já começamos a dispensar pessoas e enxugar os custos”, diz.
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