José Soares Menezes é contratado da Fundação José Silveira e percorre comunidades carentes da capital baiana em um posto móvel da entidade, que é conveniada à Secretaria de Saúde da Bahia.
O afastamento, segundo a fundação, terá a mesma duração da investigação.
Adriana Santos, 33, mostrou um receituário em que o médico recomenda "cadialina" para a mulher conseguir emagrecer. Ela conta que, ao perguntar sobre onde poderia encontrar o remédio, o médico indicou que ela procurasse um ferreiro e comprasse seis cadeados.
O Conselho Regional de Medicina da Bahia recebeu ontem (8) a queixa da dona de casa e prometeu abrir uma sindicância para apurar se houve infração ao código de ética da profissão.
Adriana disse ter contado que não poderia fazer uma cirurgia de redução do estômago. O médico, de acordo com ela, afirmou que sua filha chegou a realizar o procedimento, mas, como continuou sem fazer regime, acabou engordando novamente. "Ele ainda falou que, se eu não quisesse os cadeados, o jeito seria fazer jejum em quatro dias da semana. E, nos outros três, só beberia água."
Procurado, o médico limitou-se a responder: "Só usei uma linguagem figurada".
Em entrevista à TV Itapoan, afiliada da Rede Record no Estado, o médico pediu desculpas "se foi mal interpretado" por Adriana.
"É uma paciente que tem compulsão por alimento. Infelizmente, ela vive numa comunidade que não tem capacidade de abstrair as coisas", afirmou o médico à TV.
A paciente afirmou que não aceita o pedido de desculpas de Menezes e que já teve consulta com outro médico, que pediu exames.
Nenhum comentário:
Postar um comentário