Depredação, mato alto, quadras poliesportivas mal conservadas, muros quebrados, paredes com rachaduras. Embora os problemas estruturais não sejam incomuns em escolas municipais do Paraná, o período de férias estudantis não tem sido plenamente aproveitado para pequenos reparos e manutenções nas principais cidades do Estado. Além do desconhecimento da situação exata da rede municipal de ensino por parte dos novos prefeitos e secretários, o contingenciamento de despesas é apontado como outro fator para justificar as poucas obras.
As escolas de Londrina são as que estão em pior situação no estado. Levantamento da secretaria municipal de Educação, concluído no fim do ano passado, apontou que 90% das 103 escolas municipais e centros de educação infantil da área urbana e rural têm algum problema estrutural físico e precisam de manutenção. O déficit de vagas também dificulta o planejamento. Segundo a secretária de Educação, Janet Thomas, para solucionar parte do problema, 10 novas salas devem ser entregues até fevereiro. Já as reformas na parte física devem ficar para depois. “Estamos planejando por onde começar [os reparos], porque estamos sem orçamento. Temos alguns relatórios da Vigilância Sanitária, apontando problemas nas cozinhas, por isso, elas serão nossa prioridade. Onde tem merenda é o lugar principal. Mas não termina antes da volta às aulas, é um processo contínuo.”
Na avaliação do secretário de Educação de Cascavel, oeste do Estado, Valdecir Nath, 20 das 60 escolas do município precisariam de algum tipo de reforma pontual, mas apenas duas delas estão passando por reparos e outras duas estão em construção. Embora apenas uma das reformas esteja programada para terminar antes do início do período letivo, em fevereiro, as obras não devem atrapalhar o andamento das aulas. “Considero a estrutura muito boa. Boa parte das escolas passou por revitalização recentemente.”
A secretaria de Educação de Curitiba não soube quantificar as escolas em obras neste período de férias, mas garantiu que a prioridade atualmente é a finalização de obras entregues inconclusas, como a escola e a creche do Parolin. Com 183 escolas municipais, a capital também não enfrenta déficit de vagas. “Temos um plano contínuo de obras e reparo nas escolas e, por conta do déficit financeiro da prefeitura, a secretaria está avaliando as prioridades para estabelecer esse plano de obras”, informou a assessoria.
Em Foz do Iguaçu, oeste do Estado, as reformas em quatro das 51 escolas do município tiveram que ser paralisadas por problemas no contrato com a empresa vencedora da licitação. Já as informações sobre vagas só poderão ser obtidas após a finalização das matrículas, em fevereiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário