O ministro Paulo Bernardo tem de decidir nos próximos dias se aceita ou não um acordo proposto pelo senador Roberto Requião. O senador se propôs a pagar R$ 15 mil para tentar que o ministro das Comunicações sustente duas ações contra ele. A tendência do ministro, no entanto, parece ser a de recusar o acordo.
Os processos judiciais são relativos à denúncia que Requião fez contra Paulo Bernardo na Escola de Governo. então governador do estado, Requião afirmou que o ministro, à época no Planejamento, propôs uma “negociata” na Ferroeste. Coisa de R$ 500 milhões.
Paulo Bernardo move uma ação no cível, por danos morais, e outra no criminal, por calúnia. Pediu R$ 100 mil de indenização e a condenação criminal do acusador.
Requião, por meio de seu advogado, René Dotti, pediu a suspensão do processo criminal, que corre no Supremo Tribunal Federal. E ofereceu R$ 15 mil no lugar dos R$ 100 mil. O ministro pediu 15 dias para pensar.
Agora, porém, Paulo Bernardo tende, segundo seu advogado, Luiz Fernando Pereira, a dizer não. Isso porque, depois de estourar o escândalo do Miistério dos Transportes, Requião aproveitou para relembrar as denúncias.
“Como vamos fazer um acordo se o Requião continua requentando as denúncias que ele não conseguiu provar?”, pergunta Pereira.
Caso seja condenado no criminal, Requião poderá se tornar o primeiro senador no exercício do cargo a sofrer pena desse tipo no STF.
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