quarta-feira, 11 de maio de 2011

Código Florestal: André Vargas defende punição só em último caso


O Secretário Nacional de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PT-PR), reforçou terça-feira, 10/05, a necessidade de se mudar a lei ambiental com a votação do novo Código Florestal (PL 1876/99). “Precisamos de uma lei mais moderna, que considere os avanços da agricultura e do agronegócio, que é uma âncora para o nosso país, que se mantém grande parte do equilíbrio fiscal do Brasil com as exportações de soja, carne etc.. Mas também é preciso respeitar as exigências ambientais”, reforçou.
Segundo ele, é preciso cuidar do meio ambiente, dos nossos mananciais e das nossas florestas. Precisamos repor de alguma forma aquilo que já perdemos e isso nos dá garantia para continuarmos produzindo por muito mais tempo. “A água é vital para a nossa produtividade e ele é precisa das nossas florestas”, defendeu.

Para o deputado, os Estados da região sul, que tem uma agricultura consolidada, estão mais avançados no aspecto ambiental, no entanto, não se pode exigir dos agricultores familiares o mesmo que se pede aos grandes produtores. “O grande produtor, que precisa de 20% de reserva legal, que é a grande polêmica hoje, pode comprar esta reserva, mas o pequeno não tem condições de fazê-lo”, declarou.
Vargas se diz confiante em relação à aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) que pode ocorrer ainda hoje. “O relatório leva em conta o meio ambiente e, principalmente, a proteção ao agricultor familiar”. Em relação às multas, Vargas defende que seja analisado caso a caso, pois há crimes ambientais severos que precisam ser caracterizados nos laudos e outros casos que devem ser melhor avaliados. “Houve uma fase no Brasil que desmatar era progresso, hoje é visto como crime. No norte do Paraná, na época dos pioneiros, florestas eram abertas. A punição deve ser somente em último caso”, finalizou.

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